Quando o investigador entrou na sala e sentou-se, Jonnas retirou de seus cabelos aquelas mãos que tremiam, e olhando para a cara examinadora do investigador, pôs-se a levantar as sombrancelhas e com ironia, perguntou:
- Posso fumar um cigarro?
O investigaor o olhou e com um sorriso tímido, estendeu um maço de cigarros a Jonnas.
Depois acenceu aquele recipiente cancerígeno que jazia sobre a boca do "suspeito".
Jonnas deu um trago, e repousando-se sobre a cadeira, soltou a fumaça, com alívio.
O investigador bateu com o isqueiro sobre a mesa e perguntou a Jonas:
- Sente culpa pelo que fez?
Um minuto de silêncio e Jonas com uma contida risada cheia de sarcasmo, respondeu:
- Não.
- Tens Vergonha?
Jonnas o olhou com desprezo e e tentando se lixar para aquela ínfame situação, deixou cair sua mão que segurava o enfumaçante cigarro e levou a outra direto à cabeça a esfregar o própio rosto.
- Não devia, disse o investigador em elegante surpresa.
Jonnas arredou os dedos para que seu olhos pudessem enxergar o polícial.
Ele continou:
- As pessoas que matou, Jonnas, eram procuradas por horrendos crimes hediondos.
O policial tirou de seu bolso o que viria a ser uma pequena distração para crianças idiotas, em festas ridículas criadas para manipular as mesmas.
Ele soprou a lingua de sogra e logo após, a colocou sobre a mesa.
Sem mudar sua expressão, ele disse:
- Serás solto pela manhã, Jonnas, e não se preocupe, todos os bens serão postos em seu nome. Ele bateu com isqueiro mais uma vez sobre a mesa, e levantou-se, ajustou seu paletó e caminhou para sair da sala.
Jonas o acompanhava com os olhos, a porta se fechou e escutou-se o clique da maçaneta.
Depois veio o silêncio.
E Jonnas soube a partir daí que estava livre, pois o segurança do lado de fora da sala não havia trancado a porta.
Os maços de cigarros jaziam sobre a mesa.

Nenhum comentário:
Postar um comentário